Então pessoal, já faz um bocado de tempo que passei por aqui a primeira vez.
Depois de a Feefeh ter puxado minha orelha várias vezes, cá estou mais uma vez.
Meu primeiro micro-conto surgiu no impulso, sem revisão nem nada parecido.
Não quero mais fazer isso. Por isso dessa vez não postarei o próximo causo do bar. (sim, todos meus contos aqui serão ambientados no mesmo bar, para mais para frente, quem sabe, virar uma coletânea.)
"Mas o que você veio fazer aqui então, Daniel, seu cabeçudo?"
Vim divulgar meu livro, que foi publicado pela AgBook há algumas semanas.
É isso ae galera, depois de quase um ano de muita escrita, anotações, escrita, leitura, escrita, folhas jogadas fora, escrita e muita escrita, meu primeiro livro finalmente fora publicado!
Sai da categoria "psêudo" para fazer parte da "pro"... que orgulho!
Mas eu sozinho não faço a menor diferença! O importante mesmo são vocês. Vocês precisam ler, criticar, ler, comentar, ler, argumentar!
Ser escritor é isso na verdade. Fomentar essas atitudes, e de quebra proporcionar um pouco de entretenimento.
Então, para aqueles que gostam de ler, o meu livro está disponível aqui, peço encarecidamente que dêem uma olhada, comprem seus exemplares, mostrem para os amigos e familiares. Vamos todos dar uma força para a literatura nacional.
E como eu sou muito bonzinho, vou postar um trecho. (Quem quiser ler mais um pedacinho, no meu blog eu falo um pouco mais sobre como é o livro, e tem um trecho diferente do postado aqui.)
(...) Frustrado e um pouco triste, Drayl decidiu ir ao lugar que mais tinha receio de visitar. A casa de Cibelle Vaurd, sua antiga namorada.
O rapaz estava com medo de ser mal recebido pela mulher que tanto amara anos atrás. Os dois eram praticamente casados na época em que o herói tinha uma vida comum na cidade, porém teve que abandonar a futura esposa, pois seu espírito aventureiro e ousado o fez partir numa vida nômade e insegura. No dia da separação Cibelle ficara imensamente abalada. Não conseguia acreditar que fora trocada pelo incerto. Chorou por várias horas seguidas, lembrando-se da imagem de seu amado caminhando para longe dela, sem sequer olhar para trás. Para ele também havia sido muito difícil, chorou escondido, mas estava decidido a conhecer o mundo, ser alguém importante e reconhecido, como os heróis das historias que os viajantes contavam. Nem mesmo a fumegante agonia do amor o impediu.
Mas ele nunca esquecera a amada, nem a traíra sequer em pensamento. Por isso queria voltar a vê-la. Por isso tinha medo de vê-la. “E se ela me esqueceu, e já até se casou com outra pessoa?” se torturava por dentro enquanto caminhava relutante. “Liadbel sabe que eu gostaria de a ter levado comigo, mas eu não poderia colocá-la em situações perigosas. E só eu sei a gravidade dos riscos que corri durante todos esses anos. É melhor vê-la casada com outro do que morta em meus braços.”
Todos seus medos e anseios se extinguiram quando chegou ao pequeno casebre de pedras com telhado de madeira onde Cibelle morava. Lá estava ela, em pé diante da porta, observando dois pequenos pássaros que voavam baixo, um perseguindo o outro entre os galhos das árvores ali perto. Estava ainda mais linda do que era anos atrás. Seus cabelos loiros, tão longos e lisos quanto o de Drayl, caiam-lhe sobre os ombros e os seios, como um rio de ouro que corre sobre um vale imaculado e exuberante. Seus olhos azuis pareciam dois pedaços de céu que lhe foram dados de presente pelos próprios Deuses. O corpo magro e arguto fazia curvas hipnóticas e sedutoras, com um ar de perigo e segurança, paradoxalmente magníficos. Nenhuma preocupação ousaria incomodar a mente de ninguém que admirasse tamanha beleza.
Quanto Drayl chegou um pouco mais perto, Cibelle virou-se para ele. No mesmo segundo seus olhos brilharam, arregalados. Soltando um gemido tímido, a Élfa correu até o herói, abraçando-o com fervor, já escorrendo lágrimas, assim como Belray. Ficaram alguns minutos sem se soltar, um absorvendo o outro. O rapaz sentia as emoções extravasarem do corpo da amada. Alívio, ódio, amor, desespero, insegurança, confiança. Uma mistura impossível e antagônica ebulia por todos os poros da mulher, invadindo com selvageria o corpo do aventureiro. Ele conseguia sentir Cibelle tremendo contra si. A apertou mais forte, com carinho.
-Como é bom te ver de novo, meu amor. – disse o aventureiro, afastando-se suavemente, segurando-a pelos ombros. (...)
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Ual Dan, já tinha lido essa parte, mas realmente não me lembrava. Como sempre, gostei muito . Parabéns e continue sempre assim.
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