sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Voz dos Grandes Poetas [5]

A série continua com a letra de uma música composta por Caetano Veloso, sim, a dona desta bagaça também ouve Caetano Veloso! :P
Mas na verdade, eu escutei (e baixei) essa música na voz da banda Capital Inicial... então, fica a dica para procurar essa versão, ok...

A letra: Forte, bem escrita, muita crítica aos padrões (do jeitinho que esta que vos escreve adora!).. Eu gosto por que, mesmo sendo uma letra escrita a muito tempo, mostra bem o sentimento de muita gente em relação à sociedade... Uma letra, na minha opinião muito real, muito consistente e que devia ser levada mais a sério...
Bom, por hoje é isso...

Capital Inicial - Podres Poderes
Letra: Caetano Veloso

Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Nós somos uns boçais
Queria querer cantar setecentas mil vezes
Como são lindos como são lindos os burgueses
E os japoneses, mas tudo é muito mais

Será que nunca faremos se não confirmar
A incompetência da América católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos
Será, será que será, que será, que será
Será que esta minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir por mais mil (zil) anos

Enquanto seus homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas, negros e mulheresE adolescentes fazem o carnaval
Queria querer cantar afinado com eles

Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase
Ser indecente, mas tudo é muito mau

Ou então cada paisano e cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas e nos gerais
Será que apenas os hermetismos pascoais
Os tons, os mil tons seus tons e seus dons geniais
Nos salvam nos salvarão destas trevas e nada mais

Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva, de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo mais fundo tins e bens e tais

~ A Dona desta Bagaça informa: O Blog "Metal Contra as Nuvens" (Atitude Sem Blá Blá Blá) retornará com postagens do Sr. Danilo Santucci na próxima terça-feira dia 3 de novembro. O motivo de eu ter postado hoje é que esse Sr. estará aqui na minha humilde residência... Sim, ele vem! rsrs...

Bom, por hoje é só pessoal, espero que estejam curtindo essa nova fase do Blog...

Um grande beijo..
Paz e Força Sempre!!

By: Fernanda Amaral (Feefeh)

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Música, sentimento e confusões

"E mais uma vez eu fugi, e mais uma vez eu chorei sozinha, e de novo o passado de erros se apresentou cruel e imparcial. Lágrimas riscaram meu rosto e a saudade se fez sentir amarga.

Estou parada no meio da sala olhando a porta fechada na minha frente. Quantas vezes você entrou por essa porta, um sorriso doce nos lábios e me fez feliz... Quantas músicas ouvimos, sentados na soleira dessa porta...

Caminho em direção ao quarto, do corredor, vejo a janela aberta, mas não há vento nem brisa leve movendo as cortinas. Olho a cama vazia e no jogo de luzes dessa manhã, te vejo sentado, tranquilo... Automáticamente, seu cheiro me envolve e me recordo o dia mais feliz de nossas vidas.

A nossa música toca no rádio. A letra que pede abraços e compreenssão é linda, tão bela que me fere ainda mais. Mas ela perdeu todo o sentido, quando eu mesmo chorando, te pedi para partir.

Mais uma vez, o coração grita no fundo do peito. E mais uma vez o nó na garganta impede que eu vomite as palavras, a frase que talvez mudasse tudo, mas que no final eu sei, não muda nada.

E mais uma vez eu repito teu nome, eu te chamo, mas te afasto. Aquele nervosismo gostoso me consome, não sei bem porquê, ja que está tudo calmo, estaticamente perfeito. Só eu mesma, que por dentro me sinto em pedaços.

Mais uma vez, talvez a última sussurro pra você ouvir: Eu te amo.

***

Eu grito o refrão da música como se você estivesse no quarto ao lado e pudesse me ouvir. Eu fui tão covarde, não lutei... Te amando demais e pensando em te proteger, te deixei ir, te pedi para ir, sem amarras... Tolice pensar que hoje eu poderia te fazer feliz novamente...

Hoje eu estou mais uma vez, te pedindo para ir embora."


Esse Blog é minha vida, meus pensamentos e emoções, não vou mais ficar tanto tempo sem postar, é um compromisso... O texto acima é do meu acervo de escritos marcados à ferro nesta alma, a Dona desta bagaça ja sofreu muito, e é através das palavras que exorciso meus demônios amorosos...

Tô vivendo uma fase ótima na vida particular, e quase uma crise na parte literária, então, aceita-se sugestões de temas. Ando buscando desafios, então, não façam-se de rogados.

Meu companheiro de Blog e de vida, Sr. Danilo Santucci continuará postando seus textos (que aliás são ótimos) e aceita-se comentários, ok... Falando um pouco mais dele, o Dan montou um Blog pra falar de assuntos referentes à área dele, Informática e Tecnologia... Quem quiser, fica muuuuito a dica: http://antenasocial.wordpress.com/

Se por acaso eu ficar muito tempo sem aparecer, por favor, cobrem tá... Ah, e só pra constar, tenho Twitter (rsrs).
Follow me: @feefeh

Por hoje é só pessoal...
Beijos, Paz e Força Sempre!!

By: Fernanda Amaral (Feefeh)

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Réquiem


"Amanhecera, chuva forte e neblina, era apenas o começo de um dia que não era como outro qualquer, era uma manhã onde a razão por uma vez falou mais alto que o coração.


Demorou a entender que até os céus compartilhavam da sua dor, do seu momento de luto. Pudera, no mesmo dia seria obrigado a ver seus amigos por uma última vez.

Teria de se recordar os bons momentos vividos com cada um deles, das noitadas de cerveja, das tardes de conversa, do sorriso despreocupado, de como cada um, mesmo cheio de defeitos era essencial para ele e para o resto do grupo.

A sua tristeza e silêncio não era pela perda dos tão estimados, pois para ele, a morte era apenas uma passagem, uma libertação da matéria. O seu silêncio era pela forma como todos morreram, ou bem dizendo, foram mortos.

Os primeiros morreram por discussões baratas, sem sentido, motivos fúteis e banais. Logo se via uma garrafa sendo partida e o pedaço partido sendo usado como lâmina, que atravessaria o corpo do primeiro, que antes de perder os sentidos, pegaria o revólver que carregava consigo ocasionalmente.

Era presente do pai, que a tudo se sujeitava para ver o filho feliz, e posteriormente se arruinaria em desespero por saber que tal arma, que seria linda se não fosse malígna, fora pelo próprio filho usada, momentos antes de desmaiar, para disparar contra o até então amigo que lhe havia ferido.


A arma, automática, acabou por disparar uma rajada de balas que atingiram outros, inocentes, que estavam com eles no local e o mais safo hoje encontra-se em coma.

Outros morreram pela falta de confiança, de companheirismo mútuo, faltou lhes maturidade, sobrou desespero, acabaram por envenenar um ao outro, justamente com a mesma garrafa de vinho, que era a favorita dos dois.
Ela bebera primeiro, ele pouco depois e em pouco tempo, estavam colocando pra fora o que por sua própria força não connseguiam. Não demorou muito tempo até que ela caisse delicadamente no chão e ele fechasse os olhos, para sempre, sentado naquele sofá.
O mesmo cenário que fora palco de noites quentes amor outrora, naquele dia tornou-se o circo dos horrores, a benção da união corrompeu-se e virou pó.

Chocados após os dois ocorridos, alguns não resistiram, perderam a sanidade, e enlouqueceram. Uns tiveram de ser internados, síndrome do pânico, outros tem pesadelos constantes e houve um que se suicidou.

Levou um certo tempo para que ele soubesse dos ocorridos e tivesse tempo para refletir. Tudo que ele conseguia fazer era uma oração aos que se foram e uma tentativa, tímida, de olhar aos céus e desejar que estivessem todos bem.

Despediu-se dos amigos, com o mesmo silêncio com que chegara ao enterro, prestou seus sentimentos às famílias e retirou-se.


Ao sair, viu dois garotos discutindo, olhou-os, eles olharam de volta e o silêncio acabou com a dicussão, como se os dois mesmo pequenos demais, entendessem como ninguém, a sua dor."



Por hoje é só

By Danilo Santucci ( Dan )



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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

pequeno e triste poema alado

"Era uma vez o anjo
e o anjo caiu
E suas asas queimaram
e deixou de ser anjo

Era uma vez a menina
mas ela perdeu o amor à vida
E sua vida se esvaiu de suas veias
e deixou de ser menina

Era uma vez um coração
tão doce e tão suave
Mas uma flecha chamada amor o transpassou
e ele deixou de ser um coração...

se transformou num anjo caído,
partido e sem asas
no peito frio e morto de uma menina"


Andei lendo umas coisinhas sobre poesias góticas e sobre ultra-romantismo e não me contive... tive que escrever essa pseudo-poesia...

Ouvindo por aqui: Within Temptation - Angels (tudo a ver né)

Bjo, Paz e Força Sempre!!

By: Fernanda Amaral (Feefeh)

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Somos os filhos da revolução ...

Encontrei-me fazendo uma reflecção e uma retrospectiva da minha vida de uns dois anos pra cá. Concluí que este que vos escreve cresceu, talvez tenha ficado mais sério, mais sereno, mais forte, mais resistente a quedas, e principalmente mais sábio.

Em pouco mais de dois anos e já não é possível reconhecer, senão pelo físico, a mim mesmo. Eu continuo com os mesmos ideais, continuo sendo o mesmo ser humano que desperta coisas boas nas pessoas, e recentemente, o amor da minha mulher, em sumo, a minha essência está intacta, porém a força com que ela é aplicada, mudou drásticamente.


Acostumei-me a abaixar a cabeça, me conformar, a esperar pela esmola do mundo, e hoje, isso não existe mais na minha cabeça, não espero mais pelo que mundo pode me dar, eu estou indo atrás do que mereço, estou lutando, dando meu sangue se preciso, pra conseguir alcançar meus sonhos, sem ter que passar por cima dos meus valores morais e do meu caráter.


A dor que o menino solitário passou e transformou-se na força do homem que hoje me tornei, nunca vou esquecer o que eu já passei, para não fazer e não deixar ninguém sofrer o mesmo. As mesmas dores que antes me faziam ir ao chão agonizando de dor, hoje não existem mais, o sangue estancou e a feridas se fecharam.


O tempo exerceu o papel do melhor dos ferreiros, e me concebeu a armadura que hoje visto em meu ser, não para me proteger da dor, pois essa eu já não temo mais, e sim para garantir que meu corpo resista mais para proteger as pessoas que eu amo e garantir que elas possam ser felizes.
Eu tenho ciência que essa armadura não vai durar para sempre e que um dia eu vou tombar e não me levantarei mais, afinal esse é o ciclo de vida do ser humano, a ação da natureza e do tempo sobre os meus ossos, mas eu não quero pensar nisso agora, por que agora eu tenho missões importantes a cumprir, o que hoje inclui fazer minha mulher muito feliz e mudar, de alguma forma, o mundo e as pessoas pra melhor, por que eu quero ser pai um dia, e quero que meus filhos possam estar no por hora utópico mundo "onde todas as pessoas são felizes".


A minha amada, meu sincero amor e carinho =*

E a todos, beijos, abraços e até a próxima.


By : Danilo Santucci (Dan)


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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Voz dos Grandes Poetas [4]

E segue a série...

Pra quem segue o Blog, sabe que o nome é "Atitude Sem Blá-blá-blá" que foi eu mesma que bolei e tal... Ja o título do Blog "Metal Contra as Nuvens" foi retirado da música de mesmo nome lançada em 1991 no disco V da Legião Urbana (todo mundo aqui sabe que é a banda preferida do compositor preferido da dona desta bagaça). E é dessa música que eu vou falar hoje!

Metal Contra as Nuvens - Lançada no quinto álbum da banda Legião Urbana no ano de 1991, teve várias versões, sendo as mais conhecidas a gravada no Acústico MTV em 1992 e depois no show "Como é que se diz Eu Te Amo" em 1994.

Fugindo à regra das músicas escritas por Renato Russo, "Metal Contra as Nuvens" é dividida em quatro partes que variam entre um começo doce e melódico onde logo entram guitarras e bateria pesada, e terminando em violão tocado sozinho, a letra tambem varia muito, versando sobre temas épicos, falando ora de amor e amizade, ora de política e guerra, também é uma das poucas músicas da banda que possue refrão. Na versão mais longa possue 11 minutos e 28 segundos, ultrapassando até mesmo "Faroeste Caboclo", por esse motivo não foi uma música tocada em rádios Brasil a fora.

- Pedacinho extraído do Wikipedia - :

"A letra de "Metal Contra as Nuvens" é muito extensa. Trata de vários temas, tais como a Santa Inquisição, que na letra é referenciada pelo termo O Sopro do Dragão. Faz também metáforas e analogias com coisas do tempo medieval para expressar sentimentos vivenciados pelo autor hoje. Entre essas analogias, Renato Russo assumiu que a letra fala de uma época durante o mandato de Collor, quando os direitos autorais das canções ficavam presos e como a Legião Urbana fazia poucos shows, a banda ficou durante muito tempo sem receber dinheiro"

Tá, agora chega de conversa e vamos à música! Peço encarecidamente que leiam toda a letra, é longa eu sei, mas é muito linda e vale muito a pena! Pra quem quiser ouvir, fica a dica da versão do Acústico MTV, na parte do final só voz e violão é muito emocionante!

Metal Contra as Nuvens - Legião Urbana
Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá.

I
Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.
Viajamos sete léguas

Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão

Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar

Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.
Minha terra é a terra que é minha

E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.

II
Quase acreditei na sua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade

Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão...

III
É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi

E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém

Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão

Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar

Tenho, ainda, coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

IV
- Tudo passa, tudo passará...
E nossa história não estará pelo avesso

Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver

Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.


Bjo, Paz e Força Sempre!

By: Fernanda Amaral (Feefeh)!

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