quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Minha (falta de) inspiração

Ela: Eu, sentada embaixo da escada do bloco de jornalismo da faculdade, notebook no colo, um som rolando nos fones de ouvido. Pessoas passando, conversando, rindo. Horário de intervalo.
Estou com ideias na cabeça, pra pelo menos, dois ou três textos "decentes"? Mas na hora de escrever... *puft* Some tudo. Enquanto a magia de escritora não me domina, vejo coisas diversas pela internet, e as vezes, algo bobo me faz rir.

Ele: Estou sentado no banco em frente ao xerox do bloco de jornalismo da faculdade. Esperando meu colega pra irmos pra sala entregar um trabalho. Tô vendo aquela menina com o notebook no colo, sentada embaixo da escada do bloco, deve estar ouvindo algo interessante nos fones de ouvido, pois as vezes cantarola baixinho. Ela parece longe, pensativa. Escreve sem parar, as vezes ri sozinha. Acho que eu sou muito observador, mas ela me chamou atenção.

Ela: Estou no primeiro ano de jornalismo. A faculdade é tudo pra mim. Converso com muita gente diferente, tanto do meu curso quanto de outros cursos. Nossa, tem um menino que tá sentado no banco, em frente ao xerox, que não para de olhar pra mim, deve me achar uma idiota, rindo sozinha de coisas idiotas. Será que eu olho pra ele? Pronto. Eu reconheço ele, é do terceiro ano de Publicidade. Pelo que eu sei, é bem legal e gosta de escrever. Talvez se ele vier conversar comigo, eu peça ajuda sobre como escrever quando se está sem inspiração.

Ele: Sempre prestei muita atenção nessa menina. O que eu sei sobre ela? Que não é daqui, mora em outra cidade e vem de ônibus todo dia. Faz jornalismo e gosta de conversar. Mas no momento, me parece tão séria e compenetrada. Será que está fazendo algum trabalho? Talvez eu devesse puxar assunto com ela. Talvez eu descubra que ela é apaixonada por escrita como eu? Ela é bonita, cabelos ruivos, tem uma tatuagem no braço. É cheia de atitude. Direto eu a vejo com camisetas de bandas gringas. Seria uma ótima companhia. Mas ela nem olha pra mim.

Ela: Nossa, ele ainda não percebeu que eu olho de vez em quando pra ele. Melhor assim. Me sinto insegura quando os veteranos vem falar comigo. Principalmente se são do meu curso, ou do curso de Publicidade. Falam tanto sobre todos os assuntos. E se acham um pouco. Continuo aqui, com meu notebook e minha falta de inspiração. Mas quem sabe, se eu conversasse com ele, não surgisse alguma ideia de texto bacana, talvez de romance, amor platônico, amizade eterna... Nossa, estou viajando.

Ele: Resolvi, enquanto espero meu amigo voltar com os textos pro trabalho, vou falar com ela. Mas será que ela não vai me cortar? Parece realmente que está fazendo algo importante, não para de digitar... Ah não... Um colega chegou e entregou um trabalho, ela conversa e gesticula, mexe no cabelo... Tão fascinante. Realmente quero conversar com ela.

Ela: Meu amigo chegou pra trazer um trabalho que eu pedi. Enquanto eu falo com ele, olho na direção do menino de Publicidade. Nossa, ele me olhou, mexo no cabelo pra disfarçar. Droga, como eu sou boba! Meu amigo me chama prum café, mas eu não quero ir... Pelo menos, não com ele... Bem que o rapaz de Publicidade poderia me chamar pra tomar um café na lanchonete do bloco... Quem sabe minha inspiração venha? Putz, ele levantou, e agora? Pensa rápido. Vou esperar e ver o que ele vai fazer...

Ele: É agora ou nunca. Ela tá sozinha, oportunidade perfeita, pelo menos, saberei que tentei me aproximar. Respira e vai.

Paulo atravessa a distância que separava de Anna. O coração dela dispara diante da atitude dele, não sabe se o encara enquanto ele se aproxima ou se continua escrevendo. Quando ele chega perto, para em sua frente, ela o olha, tira os fones do ouvido, sorri.

- Desculpa incomodar. Meu nome é Paulo, faz um tempo que estou te observando, quer tomar um café, ou está muito ocupada?
- Não, tudo bem. Estou tentanto escrever... Meu nome é Anna, e, eu também estava te observando... Aceito o café, e você não está incomodando.

Ele sorri sinceramente, espera ela desligar o notebook, guardar na bolsa. Ela se levanta, vê o sorriso dele e se enche de coragem. Aceitar o convite foi certo. A conversa será interessante.

- Vamos? - Pergunta Anna.
- Sim... - Paulo mostra a frente, num gesto de cavalheirismo. Anna se encanta com o rapaz.

Se dirigem para a lanchonete do bloco. A conversa realmente será interessante. O início de uma amizade, surgida num dia de pouca inspiração, mas de muitos pensamentos.


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Salve leitores e colaboradores do blog...
Bem, ao contrário da mocinha do texto, ando muito inspirada ultimamente...
Essa história não termina aqui, aliás, Paulo e Anna são personagens de algumas histórias que eu tenho em mente... Sendo assim, serão corriqueiras as situações em que eles aparecem... Bem, é isso...

Paz e Força Sempre!!

4 comentários:

  1. Gostei =) o que uma noite 'sem inspiração' não faz. ;)

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  2. "Qualquer coincidencia, é mera semelhança"...

    Texto foda demais! Bora terminar essa hitória, dona Fernanda? Quero saber o final dela: Romance ou só amizade mesmo?

    Bom, se cuida okay?

    Paz e Força Sempre™‼

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  3. Hello there!
    faz tempo que não apareço aqui para deixar um comentário, mas é porque faz tempo que não leio um texto literário, que é o que entendo (ou tento).

    Antes de tudo, quero falar que gostei, o lance das duas perspectivas é bem legal, achei o plot interessante, apesar de nada tirar da minha cabeça que ele não é completamente inventado... o quê? só estou comentando.. posso estar bem enganado...
    Agora a parte que eu não gosto muito, pois posso parecer arrogante. As críticas.
    Se fosse um texto meu, seria meu comentário favorito, pois é na crítica que eu cresço. Todo mundo gosta de elogios (e eu já fiz o meu), mas eles não acrescentam conteúdo, apenas ego (o que é ótimo! hehe)

    Um texto rápido, simples, de leitura fácil, mas com repetições de palavras que dava para ter evitado numa boa. "deve me achar uma idiota, rindo sozinha de coisas idiotas".
    Falta um pouco de coesão em algumas falas, que começam com uma idéia e de repente estão em outra, sem nenhum ponto final. O que é outra observação que eu devo fazer. Muita vírgula, pouco ponto. Uma relida no texto arruma isso rapidinho.
    Não sei por que, mas o "prum" me incomodou muito, literariamente falando.
    Diálogos um pouco secos e rápidos demais, o que só da para consertar com muitoooo treino! escreva diálogos o dia todo, leia-os em voz alta. Se não soar natural, algo está muito errado.

    Só gostaria de ressaltar que eu gostei do texto! Não estou, nem de perto, tirando seu mérito ou satirizando. Só quero ajudar, de verdade. Como eu disse, se eu recebesse um comentário assim em todos meus textos do meu blog, seria a pessoa mais feliz do mundo. Espero que concorde comigo, não fique brava e continue escrevendo!

    Beijos,
    Daniel Lunas

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  4. Bom, o Sr. Daniel Lunas fez uma análise profunda do que eu escrevi... E sim, eu sei aceitar críticas e acho válido..Afinal, ele tem mais experiência que eu no lance de escrever.. O que não se pode deixar de notar é que o texto reflete pensamentos, e em pensamentos eu sou uma pessoa altamente repetitiva.

    A ênfase do que eu escrevo está na opinião pessoal do meu personagem.. Sendo que quando eu escrevo, sinto as coisas que o personagem sente, sejam coisas boas ou não..

    E o pensamento dele se transfere pra mim durante o ato da escrita...


    Mas a crítica é construtiva... Mto obrigada Dan.. pensarei melhor nos termos utlizados..


    E só pra constar.. É SÓ MAIS UM TEXTO... mania do povo achar que eu vivo o que eu escrevo... rsrsrsrs


    Paz e Força Sempre!!

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