sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Novamente...

Cá estou mais uma vez para vos postar algo escrito, não por mim, mas por uma das mentes mais brilhantemente romanticas de todos os tempos na história da literatura brasileira: Vinicius de Moraes.



Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Sim, sou um romantico inveterado, como já puderam perceber em minha breve saudação postada anteriormente. Não ligo se não gostarem de minhas postagens aqui. UMA pessoa eu sei que provavelmente gostará.
Sem mais delongas, despeço-me de vós, e digo ainda que, posteriormente terão o prazer (ou o desprazer) de lerem meus próprios devaneios literários.


Paz e Força Sempre!

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