Nossa amizade começou estranha.. Ele rabiscava palavras nas nuvens, e eu, boba como sempre, tentava adivinhar se o que ele dizia era pra mim ou não.. Sempre pensava que era.. E ficava encantada com tudo aquilo..
Ele era perfeito, e estava em tudo. Sempre. Balançava meu cabelo da maneira como eu mais gosto, as vezes mais leve, as vezes mais tempestuoso. Mas sempre estava lá.. Quando eu acordava, estava na janela, me trazendo o cheiro das flores de primavera.. Quando a noite, me trazia lembranças suaves de amores que passaram..
Era amigo, me fazia companhia.. Quando sentava na janela para fumar, ele me acompanhava, e quando eu perguntava ou dizia alguma bobagem, ele em protesto, se calava.. O que eu queria era que nunca ele parasse, que nunca se afastasse de mim.. Sem ele, metade do meu mundo não faz sentido.. E mesmo se fizesse, sem ele não seria como é..
É dificil não tê-lo.. Eu preciso senti-lo, mesmo sem tocá-lo..Preciso saber que ele existe, que ele está lá fora, só esperando eu sair para me envolver..
Eu continuo aqui, parada, olhando fotos velhas e sonhando com amores platônicos que ele me traz.. E ele, bem, ele está solto por aí, sem dona, indo e voltando, suave ou bravio, perigoso e sedutor.. Escrevendo minhas frases de amor nas nuvens do céu..
Paz e Força Sempre. ;)
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Eu e o vento....
sábado, 20 de agosto de 2011
[sem título]
Tirando o pó dessas páginas, volto com uma história que ainda não tem final (como várias aqui escritas)..mas a intenção é terminar.. ^^ Sabem né, sou meio enrolada pra continuações.. Tenso.. rsrs
Ando feliz esses dias, e o próximo post é sobre a vida da dona desta bagaça.. Fiquem com o texto.. Boa leitura e aguardo comentários.. ;)
~x~
"Foi mais um show. Bom, pelo menos era pra ter sido, mas foi o último. Eu saí do bar com destino certo com as palavras do, agora ex-guitarrista da The Cold, girando na minha cabeça e a mão doendo dos socos que eu dei no filho da mãe. Eu não acabei com a banda, mas com certeza, ficaríamos um bom tempo sem nos apresentar.
Andei a pé durante 20 minutos pela avenida principal, não vendo quase nada a frente, só a raiva e a vontade de ouvir a verdade. Os carros passavam correndo por mim, alguns buzinavam. As prostitutas mexiam comigo, me chamavam, eu ignorei tudo. Virei mais duas esquinas e estava na rua da casa de Alice. Uma rua estreita, ladeada por árvores, era incrível de acreditar que no meio daquela selva de pedras, ela havia encontrado um lugar com mais de duas árvores. Ela tinha até um jardinzinho na frente de sua casa pequena.
Parei em frente ao portão, a respiração forte e o coração martelando. Minha mão já não doía mais. Olhei no relógio, 3 da manhã. Um bom horário para se estar fazendo qualquer outra coisa, pensei comigo. Entrei pelo portão, olhei o jardim cheio de margaridas brancas e amarelas, alguns sapos de cerâmica que Alice adorava. Cheguei na soleira da porta, respirei fundo e bati.
“Você é um idiota, Jefferson Cold!” minha mente acusava, e eu sabia que ela estava certa. Alice atendeu quando eu bati a terceira vez, abriu a porta devagar. Estava do jeito que gostava de dormir, a camiseta larga dos Lakers, short curto, mas pelo jeito havia chegado a pouco do bar, pois os olhos ainda estavam pretos de maquiagem.
- Jeff! – a expressão foi surpresa.
- Podemos conversar Alice? – eu encarei seus olhos marcados e ela sorriu inocente.
- Entra, como foi o show? – perguntou e eu me perguntei se o que o canalha do Josh disse era verdade. Ela era tão linda, tão doce. Uma garota simples, que trabalhava no bar onde eu sempre tocava e onde nós nos conhecemos. Alice tinha 21 anos, tinha a pele clara, duas tatuagens de rosa em cada braço, um cabelo castanho comprido que ela quase nunca escovava. Era sensual sem ser vulgar. Enfim, o meu tipo preferido. Estávamos juntos há quase dois anos.
- Foi legal, casa cheia como sempre. – Eu tentei parecer natural, mas saiu meio forçado. Ela percebeu. Parei no meio da sala, olhando pros lados, tentando achar alguma prova de que eu estava certo, ou errado.
- Aconteceu alguma coisa Jeff? Você tá estranho... – ela me puxou e me abraçou calmamente, por um minuto eu desejei simplesmente esquecer o que tinha ido fazer ali, leva-la para cama, fazer amor e dormir juntos, como tantas vezes. Mas não.
- A gente precisa conversar. – minha voz saiu séria, ela se afastou e me encarou, curiosa. Não disse nada, então continuei.
- Alice, lembra quando eu disse que o Josh tava estranho comigo, não andava aparecendo nos ensaios, tava cheirando mais pó do que o normal e querendo conversar algo sério comigo? – disse e esperei. A reação dela foi de espanto, um pouco de medo. Ela me largou, sentou-se no sofá de capa laranja com flores brancas e olhou pro nada. Inferno, talvez fosse mesmo verdade.
- É.. lembro.. aconteceu alguma coisa Jeff? – sua voz saiu quase sussurrada, ela me olhou, mas logo desviou os olhos.
- Então, hoje eu prensei ele e ele me contou. – minha voz era séria, fria, como eu mesmo achei que não ia soar. – Eu sei porque ele tava querendo sair da banda, porque ele tava agindo daquela maneira estúpida, cheio de desculpas e arrependimentos. Era porque ele tava dormindo com você! Não é? Não é Alice, meu amor, você não me traiu com meu melhor amigo?? – ela baixou a cabeça e começou a chorar, eu fui até ela, me abaixei em sua frente, meu rosto queimando de raiva. Ela me olhou.
- Teve um dia que você chegou tarde no ensaio, eu tava no bar quando o Josh chegou, chapado, ele pediu uma cerveja e ficou no balcão, muito louco. – as palavras saiam baixas, pausadas. Eu esperei. – Quando ele perguntou por você, eu não sabia onde você estava, e ele veio pra cima de mim no corredor.
O cenário estava se formando na minha mente. Josh chapado, Alice trabalhando, o corredor cheio de pôsteres que ia do bar até a pista de dança. Josh puxando Alice, puxando a minha garota, agarrando ela no meio de todos. Explodi.
- Porra Alice! Você não é nenhuma criança! Quando o cara olha pra você, você já sabe o que ele quer! Porra! Você me traiu com o cara que eu chamava de amigo, e o que é pior, eu te amava, sua vadia! – levantei, e parei de costas pra ela, em frente a janela. Minhas mãos tremiam, eu as fechei em punho. Claro que não faria nada com Alice, até porque, já havia feito com Josh.
- O que aconteceu hoje? – ela perguntou, levantando a cabeça e respirando fundo, tentando se controlar.
- Ele me contou, contou que estava “comendo aquela garotinha linda”, assim que ele te chama né?! Little girl. Porque cara? Porque vocês fizeram isso? Por acaso o Josh viciado é mais homem que eu? – cuspi as palavras. – Sabe o que mais?? Quebrei a cara dele! Agradece o Rick pelo seu amante vagabundo estar vivo, porque se dependesse de mim, ele tava no fundo do rio uma hora dessas!
- Não diz isso Jefferson! – ela levantou e me abraçou por trás – Você não é capaz disso! – ela estava aos prantos de novo.
- Não, não sou capaz mesmo. Mas de uma coisa eu sou capaz. – eu soltei seus braços de volta da minha cintura e me virei devagar. Ela me lançou um olhar de súplica. – Eu, Jefferson Cold, nunca mais quero olhar pra essa sua cara de vadia. A banda acaba por enquanto, eu não piso mais naquele inferno que você chama de trabalho, você nunca mais me procura. Você acabou com tudo Alice. Parabéns. – minha voz tinha uma mistura amarga de dor, sarcasmo e raiva.
- Eu te amo – ela abaixou a cabeça, as lagrimas borrando mais ainda sua maquiagem, cruzou as mãos sobre o peito e se deixou cair no chão, eu conhecia aquela posição, tinha visto Alice daquela forma uma vez, quando seu pai, seu herói, morrera. Era a posição de dor, ela realmente estava sofrendo.
Ignorei o sentimento de pena que crescia em mim. Ela havia me traído, com meu melhor amigo, com o melhor guitarrista que eu já tinha encontrado pelos bares da cidade. Eu a amava, mas tinha que fazer alguma coisa.
- Você me ama? – Foi a única frase que Alice disse antes que eu me dirigisse a porta.
Suas lagrimas haviam secado, mas as linhas traçadas por elas estavam ali, como marcas eternas. Não me dei ao trabalho de encara-la, eu já sabia, apenas parei e fechei os olhos.
- Eu vou te esquecer! – cuspi as palavras e a senti se encolhendo ainda mais.
- Eu te amo Jeff...E por isso, vou ficar aqui.. E se um dia você me perdoar, eu ainda estarei aqui... – As palavras dela eram suaves, com uma verdade que chegou a doer.
- Até nunca mais. – saí e parei na porta que fechava silenciosa atrás de mim.
A chuva começou fina no céu roxo e cinza e eu me imaginei numa cena de filme antigo, onde o mocinho não fica com a mocinha no final. Eu amava aquela menina, mas o orgulho estava ferido, e tudo no que eu acreditava não fazia mais sentido. Acendi um cigarro, vesti o capuz do casaco e saí para a chuva. Eu precisava pensar.
~x~
Paz e Força Sempre!!
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Mais uma noite na sarjeta
A música alta estava quase insuportável já... O lugar estava abafado, tinha muita gente, todos dançando ao som do techno house. Samantha se sentiu mal, a vodka já não descia mais, a ânsia veio e ela saiu correndo... Saiu da tenda armada no meio da praia, a rave "fritava" a areia e a galera estava realmente muito louca.. O ar frio da madrugada bateu em seu rosto como um soco, a roupa suada e os cabelos molhados grudando... Sua aparência não era das melhores, mas naquele momento, ela não queria saber disso.. Não teve muito tempo para procurar, correu em direção a lixeira mais proxima e vomitou. O gosto de vodka com bílis a deixou ainda mais enjoada...
"Preciso parar com isso"
Uma das meninas da turma veio atras dela, com um copo cheio de algo colorido...
"Toma um gole que você melhora"
"Sai daqui com essa merda, vou embora, vou parar com essa merda"
"Tá beleza, mas eu vou ficar"
Se virou e saiu. Samantha sentou ao lado da lixeira e avaliou seu estado.
"Tô ferrada" pensou. Olhou ao redor, muitas pessoas da festa estavam ali do lado de fora da tenda barulhenta. Alguns bebendo, dançando sozinhos, casais se pegando, uns caras mais velhos fumavam baseado... Aquele era o mundo de Samantha a pelo menos um mês...
"Nossa, tô na merda". Era meio tarde pra pesar a consciência, mas a reflexão foi inevitável.
Patricia voltou a procurar a amiga, dessa vez, com um cigarro na mão e uma cerveja.
"Tem certeza que quer ir embora? O Ed e os meninos chamaram a gente pro estica da noite"
"Não sou puta, não vou com vocês..." Disse, virando o rosto em direção ao mar, aceitou a cerveja, pelo menos estava bem gelada.
"Ok, ok... Se você não quer ir, não posso fazer nada..."
Quando a cerveja acabou, Sam olhou pras pessoas, um grupo de garotos que ela conhecia de outras festas se aproximou...
"E ai, quer uma bebida?" Perguntou um dos meninos, um garoto com boné branco, de aba reta e piercing na orelha esquerda.
"Cara, tô numa boa, fica pra próxima", a garota queria ir embora, mas sentia que as pernas não obedeceriam o comando. Se sentiu intimidada pelo grupo de rapazes.
"Qualquer coisa, me jogo no mar" pensou consigo.
"Olha garota, eu tô ligado que você curte algum bagulho, né?"
"Mano, já fumei baseado, mas hoje eu não quero mais nada..." retrucou, querendo acabar com o assunto.
"A mina, não tem problema com a gente, não vamos fazer nada mesmo com você, só tô oferecendo uma parada pra relaxar". Ele falava e gesticulava, Sam viu que ele não estava normal, e os garotos atras dele riram.
"Sério mesmo, tô bem, vou pra casa. Minha amiga já tá voltando..." respondeu, olhando pros lados, nervosa.
"Patrícia, cadê você sua vaca" pensou.
Os garotos se afastaram olhando pra ela, o menino com boné branco fez um gesto de "paz e amor".
"Tudo bem gata, mas qualquer coisa, estamos aqui tá". Aquilo soou como uma ameaça pra Samantha.
15 minutos depois Patrícia apareceu. Estava completamente bêbada e o cheiro de baseado era forte.
"Tô muito louca, vem comigo?" perguntou, sentando, ou melhor, caindo ao lado de Sam.
"Ir com você pra onde?" Sam perguntou desconfiada, os braços abraçando as pernas, a cabeça entre os joelhos. Não estava em condições de quase nada. Mas aquela altura, o que teria a perder??
~x
CONTINUA....
sábado, 26 de fevereiro de 2011
A arte da recompensa.
Pra pensar, pra rir ou achar ridículo. Minhas palavras diante dos desafios de...
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Revolta (só pra variar um pouco)
Bom, um salve aos amigos leitores e colaboradores deste blog... Acho que todos que passam por essas páginas sabem que esta que vos escreve é uma jornalista visionária, cheia de planos e sonhos e que se arrepia e sente o sangue ferver quando é testemunha de alguma injustiça. Ainda mais quando envolve poder, opressão e cultura ( ou nesse caso, a falta dela ).
Não vou explicar muito a situação pois o próprio texto, ou melhor, artigo é auto explicativo... Só explico o porque de posta-lo aqui: É incompreensível e inaceitável que o poder público interfira em algo que traga cultura e diversão saudáveis para a população.
Vamos ao artigo.
- Por Odil Puques -
Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica formulada por Edward B. Tylor, segundo a qual cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.
O causo deu-se o seguinte: De algum tempo, já há dois anos, temos nós da Associação Cultural Casa Paraguaia um projeto denominado “Orquestra de Violões” que basicamente consiste em ensinar a jovens e adolescentes a tocar as músicas regionalistas. Paralelo a isso a Associação Viva a Vida, ganhou da Junta do Trabalho de Amambai, todos os equipamentos para se fazer um cinema ao ar livre, DVD, data-show, telão, caixa de som, mesas e cadeiras. Resolvemos unir o útil ao agradável e montamos um projeto que chamamos de “Cultura nas Vilas”.
A cada 15 dias levaríamos nossa caravana para as vilas da cidade, passaríamos um filme e após faríamos a apresentação da nossa orquestra. Resolvemos tocar o projeto em parceria com as associações de moradores, por ser um serviço à população da vila e para usar a infraestrutura das sedes, fazer pipoca, usar o barracão em caso de chuva, energia elétrica, etc. Começaríamos pela Vila Limeira, até porque é a vila mais afastada do centro da cidade e talvez a mais carente em eventos culturais. Tudo combinado e tratado com o presidente daquela Associação de Moradores, Sr. Jonas de Araújo, divulgação do evento, convites feitos, notícias veículadas nos sites da cidade, mas...
Eis que nos liga um consternado Jonas, pedindo excusas, mas não poderia fazer o evento na associação de moradores que preside. O porquê? Foi procurado por alguns que ocupam “cargos de confiança” na Prefeitura de Amambai e pressionado, se fizesse o evento não teria mais nenhum tipo de ajuda da municipalidade. Como assim Sr. Prefeito? Quer dizer que a cidade agora tem dono? Porque não podemos levar um pouco de lazer e cultura à população das vilas da nossa cidade? Então fica assim!!! A Prefeitura nada faz em pról do entretenimento e da cultura e quando alguém tenta fazer alguma coisa não pode???.
Acabou-se com o FESTIBAI, o DO-RÉ-MI e a BANDA MUSICAL projetos da administração anterior, ninguém sabe, ninguém viu, nossa cidade é carente, de empregos à cultura. Era simples, não quisessem a nossa intromissão nesses assuntos fizessem a parte que lhes cabe. Agora ameaçar, proibir? Nosso direito mais sagrado é o de se reunir pacificamente nos exatos do art. 5º, XVI, da Constituição Federal e o inciso IX do mesmo artigo diz que é “livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Pensas Sr. Prefeito que é a nosotros promotores do evento que prejudicas? Ledo engano. Os maiores prejudicados são os munícipes que V. Excia., foi escolhido para administrar.
Mas não tem nada não. Se fomos proibidos de fazer nosso evento nas associaçiações de moradores, vamos para as ruas, para as praças. Afinal como diz Castro Alves “a praça é do povo” “e o céu é do Condor” complementa Caetano. Aviso aos navegantes: Ninguém vai nos impedir de levar um pouco de cultura e lazer ao nosso povo. Ninguém mesmo.
Odil Puques é advogado, coordenador e um dos fundadores da Casa Paraguaia, responsável pelo projeto Orquestra de Violões de Amambai.
Aos que se levantam contra a opressão do governo, seja ele municipal, estadual ou federal, todo o meu apoio. O Blog Metal Contra as Nuvens abre espaço ao protesto contra a perseguição dos governantes aos que procuram levar cultura e diversão ao povo.
Mais que nunca, paz e força sempre!!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Pouco tempo para se perder
Eu tinha um certo problema com tempo.
Na verdade, eu acho que é o tempo que tem problemas comigo.
Pois sempre me diz que estou atrasada, que não vai dar para fazer tudo que eu quero.
Que eu não tenho tempo!
Tenho certeza que é de cunho pessoal.
Impossivel uma pessoas ser tão sacaneada pelo tempo!
É um absurdo.
Já com o destino eu estou tranquila.
Ele vem atras de mim quando precisa.
Eu não procuro, sei que tudo virá.
Mas não fico com os braços cruzados esperando.
Faço valer a pena cada reviravolta.
E caso o tempo um dia fique em paz comigo.
Estarei aqui, pronta para desfrutar de tudo que a falta de tempo não deixa.
Amor, amigos, festas, diversão, sono tranquilo, vida.
Plenitude.
Perfeita harmonia entre o ser, o destino e o tempo.
~x
Paz e Força Sempre!!
domingo, 16 de janeiro de 2011
O Sacrifício
- Por que você está indo? Por favor, não me abandone assim. - dizia com lágrimas nos olhos enquanto ele deixava a sala em direção ao hall e, posteriormente, à rua.
Comecemos pelo princípio.
Mary Ann era uma garota linda: pele clara, cabelos castanhos levemente avermelhados e cacheados, olhos perfeitamente posicionados em seu rosto... Parecia que ali moravam a simetria e perfeição.
Mary Ann tinha um namorado. Okay, não era exatamente um namorado... Era mais uma especie de "amigo com benefícios". Estavam sempre juntos: no cinema, restaurante, numa festa, balada... Onde quer que fossem, ela e Joey estavam sempre juntos.
Joseph Harrington, o Joey, tinha cerca de 1,80, magro, cabelos e olhos escuros, pele clara e uma beleza tão misteriosa quanto seu passado. Conheceu Mary Ann quando tinha 14 anos e, até aquele ponto, nada se sabe sobre ele. Ao conhecê-lo, Mary Ann ficou encantada por seu jeito doce e afável, por seu olhar misterioso e pelas poucas palavras.
Numa tarde fria de julho, Joey dirigia-se ao apartamento de Mary. Com o vento frio cortando seu rosto, ele é atraído por uma cigana à um beco, onde ela se oferece para ler sua sorte.
- Não estou interessado, dona. Agora, se me dá licença, preciso ir. Tenho um compromisso.
- Eu sei quem é você sr. Harrington. Sei tudo sobre o senhor. Agora - disse a cigana velha, puxando-lhe pela manga do casaco - permita-me ler sua sorte.
- Nossa Joey, o que aconteceu com você? Está pálido e com esse olhar mortiço. O que houve? ME DIGA, POR FAVOR!!! - gritou Mary Ann, assim que o rapaz passou pela porta.
- Mary, eu... Eu preciso ir embora desta cidade. Preciso ficar longe de você. Preciso me afastar, para o seu próprio bem.
- Joey, o que está acontecendo? por favor, me conta... - implorava a jovem. - Eu preciso saber o motivo de você ir embora assim!
A cigana velha era, na realidade, Rebecca Neville, uma velha amiga dos pais de Joey. Após terem morrido, Joey passou de orfanato à orfanato, sempre rejeitado pelas instituições. Era tido como o garoto-problema pelos supervisores. Aos quatorze anos fugiu do Orfanato Saint Nicholas e conheceu Mary Ann.
Vivendo em uma velha casa abandonada, sem ter o que vestir e comer, Joey se esforçava para mudar seu destino. O sr. Cole, dono de uma pequena venda na esquina, contratou o garoto para trabalhar como ajudante. Dessa forma, Joey conseguiu atingir 25 anos de idade com alguns trocados no bolso e um casaco quente para o inverno.
Ia ao apartamento de Mary todos os dias para saber como ela estava, mostrando uma preocupação e um carinho enormemente grande por ela. O que Mary não sabia sobre ele é que era viciado em cartas e devia muito, mas muito dinheiro.
A velha Rebecca Neville havia prometido aos pais de Joey que olharia por ele, que cuidaria do garotinho de apenas 5 anos. Ela sabia dos problemas que ele estava enfrentando. E sabia que se continuasse visitando Mary Ann, ela poderia se ferir gravemente.
Naquela tarde, quando atravessou a porta, estava decidido a acabar com tudo e nunca mais vê-la novamente. Estava decidido a protegê-la de todo o mal que pudesse sobrevir sobre eles. Joey sabia que, cedo ou tarde, seus credores iriam atrás dela, iriam machucá-la para que ele os pagasse.
Joey decidiu sacrificar o amor de sua amada, decidiu nunca mais vê-la para que ela ficasse bem, para que fosse feliz.
Ele realmente a amava, e queria ver sua felicidade, mesmo que não fosse com ele...
***
Trilha sonora: Half Jack ~ The Dresden Dolls
sábado, 15 de janeiro de 2011
Sobre tempo.
Ok, vamos falar de tempo. Então, e a chuva em??
domingo, 2 de janeiro de 2011
Sina
Não, eu não preciso do seu mundo para existir.
Mas seria bem mais fácil ser eu mesma com você por perto.
Ele se mudou de mala e cuia pra minha casa.
Guardou suas roupas na minha gaveta.
Abriu a geladeira e pegou minha cerveja.
Brincou com meu cachorro chamando ele de "meu garoto".
Soltou fumaça de cigarro pela sala.
Deixou de ser EU e de ser ELE. Virou NÓS. (e todos seus derivados)
Enlouqueci!
Que diabos pensa que está fazendo?
"Estou fazendo parte da sua vida".
...
Ah, é tão impossível não te amar.
Mudanças
Salve amigos leitores e escritores do Metal Contra as Nuvens.
Estou passando por aqui para anunciar algumas mudanças..
Como o blog anda meio parado e tals, eu resolvi que farei postagens com mais frequência, porem, com um estilo diferente.
Ao invés de textos longos, postarei coisas mais rápidas de serem lidas, com ideias mais abstratas. Poderão ser frases, citações e pequenos poemas. Algumas coisas escritas podem não fazer muito sentido de cara, mas com o passar do tempo, farão..
Bom, é isso.
Se tiverem alguma crítica, sugestão ou ideia de texto, mande nos comentários, e por favor, comentem, eu só escrevo pq sei lá, alguém pode ler né?
Aos meus amigos, o meu carinho de sempre.
Aos colaboradores, peço encarecidamente que não deixem o blog tanto tempo sem atualizações..
E ao resto do mundo....
Paz e Força Sempre!