terça-feira, 27 de março de 2012

Não temos vagas

Salve leitores desse humilde blog... faz tempo que não venho retirar as teias de aranha dessas páginas... Mas é que a vida nova anda comendo meu tempo de maneira faminta.. Enfim.. Deixo vocês hoje com um texto que, sem brincadeira, eu realmente queria terminar, mas não sei nem como.. rsrs... Tá, eu sei, mas é que me falta a tal da boa inspiração pra concluir.. Tem gente que entende bem o que eu quero dizer com isso.. Enfim.. Tá aí..


xxx


Quando você acorda no meio de um monte de entulho, num lugar que você não tem a menor ideia de como foi parar, e quando você se levanta, vê um cara morto ao seu lado, e sua camisa cheia de sangue, das duas uma. Ou você escapou de um massacre milagrosamente e não se lembra de nada ou você teve um surto psicótico e provocou todo o massacre e não se lembra de nada.

Era sexta a noite, não sei porque, mas quase todos os meus problemas começam no sexta a noite. Primeiro, eu preciso me apresentar. Meu nome é Mike Youn, tenho 28 anos, sou de áries, gosto de beber whisky barato e fumar cigarros caros. Tenho (ou tinha) uma namorada, ela se chama Liza, e odeia que eu fume perto dela.

Sou um cara normal, branco, estatura média, não tenho antecedentes criminais e minha infância não foi marcada por espancamentos nem problemas de família constantes. Perdi meu pai quando tinha oito anos, mas tecnicamente, isso não afetou minha personalidade.

Não me considero um nerd certinho, nem um maluco. Tá, já tive algumas experiências com drogas e nunca fui um santo com as mulheres, mas também não faço o tipo cafajeste de fim de noite.

Bom, mas voltando à história. Era pra ser uma sexta-feira como qualquer outra. O clima estava pesado, o céu carregado pronto pra despejar uma chuva grossa. Peguei Liza no trabalho (ela é atendente no mercado) e a ideia inicial era pegar um whisky e ir pra casa curtir um filme com minha garota.

Era pra ser assim.

Quando Liza entrou no carro, estava nervosa, arrumando o cabelo, parecia querer esconder algo de mim. Mas só queria.

- Que foi amor? - Perguntei carinhoso, passando a mão no seu rosto. Liza é uma menina linda, ruiva natural, com sardinhas. Um nariz empinado e olhos claros que me deixam sem ar.

- É... nada... Só o trabalho, cansativo.... - Ela gaguejou muito, e eu insisti.

- Me diz, que aconteceu? É alguma coisa com o Sr. Melvin, ele andou tentando algo com você de novo? - Maldito chefe asqueroso, desde que Liza começou no mercado, dava um jeito de leva-la pro estoque pra tentar mostrar algo que provavelmente ele nem usa mais.

- Nada You, só estou cansada. - Era o jeito meigo que ela me chamava. Na verdade, quase todos meus amigos me chamavam de You. Coisa de criança.

Dirigi em silêncio até nosso apartamento. Ah, sim, eu e a Liz dividimos um ap há uns sete meses. Não somos casados, nem usamos aliança de compromisso, mas é legal dormir e acordar juntos todo dia.

Quando chegamos, abri a porta do carro, e notei que Liz estava chorando, ela me abraçou, ali mesmo, seu coração estava disparado e ela disse no meu ouvido com a voz intercortada por soluços. - Eu te amo, não importa quanto tempo agente fique junto, você é o amor da minha vida. Nunca esqueça ou duvide disso, Mike Luke Youn. - Deus, a coisa era séria. Liz nunca dizia meu nome do meio se não fosse algo realmente sério.

Abracei forte a garota que eu mais amo no mundo e subimos para o apartamento. Ela pareceu melhorar com aquilo, ficou falante, contou sobre o dia, mas não mencionou o chefe tarado.

Jantamos comida japonesa e eu tomei metade do meu whisky. Fizemos amor de um jeito apaixonado, intenso. Liz arranhou minhas costas com uma força a mais. Ela deitou no meu braço, e eu que já estava meio bêbado do whisky, depois do amor sensacional, capotei.

Acordei com meu celular tocando como se o mundo fosse acabar. Liz não estava no quarto, olhei no celular, não conhecia o numero. Preferi ignorar e procurar minha garota.

- Liza, amor... - Olhei pelo quarto, só vi a minha bagunça. Cadê as coisas da garota?
Chamei de novo, ninguém respondeu. Olhei no relógio, sábado, 10 da manhã. Ela não trabalha hoje. Cocei a cabeça e fui pro chuveiro. Banho gelado para acordar. Quando eu parei para olhar minha cara no espelho, vi a carta pendurada.

Olha, eu não sou um cara que se espanta com as coisas, mas dessa vez, sentei na tampa do vaso e li estupefato as linhas com letras corridas cheias de algum sentimento que, com certeza, não era amor.

"You... Me perdoe, mas é algo inevitável. Eu chorei muito vendo vc dormir, e acredite, será melhor assim. Não me procura tá... A gente se vê qualquer dia... E não esquece nem duvida nunca, EU AMO VC... Sua Liz.."


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Paz e Força sempre.

Um comentário:

  1. ó, é o seguinte... eu nunca pedi nada pra vc... mas quero que termine esse texto o mais rápido o possível... preciso saber a continuação da história e saber o que aconteceu com a Liz...
    E se vc não terminar, eu termino (mas não vai ficar a mesma coisa...)

    bjos bjos, malukinha

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