sábado, 18 de julho de 2009

Lembranças...

"Me lembro, não como se fosse hoje, mas lembro, o teu sorriso ao fim do primeiro beijo... as mãos que não sabiam ao certo onde colocar, o coração que, de tão disparado, ressoava no meu peito... A primeira vez tão tensa, mas tão doce, tão ingenuamente sensual. As tardes de chuva fina na janela, em que olhando nos olhos me dizia 'Eu te amo'.

Me lembro também, da primeira briga boba, do ciúme que eu insistia em tentar ver em você, mesmo sem necessidade... As madrugadas na varanda de casa, de conversas sem sentido e sobre assuntos tão diversos, falando de música, literatura, cinema... sobre sonhos, ilusões, sobre vida...

Lembro também do tempo ruim, das dúvidas a respeito do sentimento, da distância forçada, a tristeza de não poder abraçar, lembro da separação... lembro do fim...

São pequenas coisas, que me deixaram grandes feridas, que o melhor de todos os remédios, uma coisa chamada tempo, não conseguiu aplacar, ou cicatrizar... a chaga aberta que sangra toda vez que te vejo, que ouço essa ou aquela música, que lateja esperando não sei bem o quê.

Eu penso no que poderia ser e não foi, dos juramentos que quebramos mesmo sem sentir, das palavras ditas no silêncio do olhar mais revelador, mas também mais enigmático...

Você foi mistério desde o começo, e depois de conhecer, preferi ainda guardar-te como um tesouro, como se fosse um paraíso intocado, onde ser nenhum habita... apenas uma alma e um coração, que, uma vez disseste, pulsava por mim..."


Aquela música...

Skank - Sutilmente

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti


Bjo, Paz e Força Sempre!!

2 comentários:

  1. Acho impressionante como você consegue encontrar palavras para dizer sobre saudades que maltratam ao mesmo tempo que nos fazem ansiar pra que elas não vão embora. Acho que por você escrever (como diz) de uma vez, sem revisão, fica muito mais sincero. É isso que acho admirável.

    Beijos,

    Vinícius Faustini

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